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MATÉRIA ESCURA

DARK
MATTER

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foto: cristiano prim

OPPORTUNITY MADE OF APPEARANCE

OPORTUNIDADE FEITA DE APARÊNCIA

"Matéria Escura" tinha sua data de estreia para Abril de 2020. 

Seus fundamentos artísticos se amparam na detecção de uma força através dos sintomas que esta força acusa nos corpos atravessados por ela. Um corpo invisível, que vincula à aparência dos seus efeitos de presença em outras matérias para manifestar sua existência.

É também um nome próprio. Um vestígio de Futuro. Um devir de Passado.

Situa também a possibilidade de coreografia como uma matéria invisível, como uma possibilidade sintática de matérias assimétricas.

Nos últimos 13 meses mergulhamos no "Matéria Escura" através do "Futuro Fantasma", projeto que é desvio e expansão, o tempo presente do Cena 11. Desde março de 2020 o grupo vem desenvolvendo uma forma de incorporar o trânsito entre presença e telepresença. Um novo corpo em estufa para outro "Matéria Escura". Um exílio ativo num Brasil à deriva. A prática de relações entre mudança, risco e imunidade na investigação artística de um corpo biopolítico.

No atual processo, ferramentas novas correlacionam presença, virtualidade, arquivos, memória, e toda espécie de transdução que escorre destes contatos. 

Um movimento contínuo multidirecional a integrar ações de texto, áudio, vídeo, temporalidades e espacialidades através dos corpos que tornam acessíveis a manifestação e o atravessamento da vida das coisas, no acontecer do movimento.

A dança como instrumento para transduzir comportamentos cinéticos em sintaxes bio culturais.  

 Corpo Sintoma

Na escuridão tudo é engolido?

Na distração dos olhos, o que não conseguimos ver?

Na atenção à integração dos sentidos é possível mapear o ponto cego da presença? 

É possível na irreversibilidade da vida nossos corpos se multiplicarem em temporalidades e espacialidades para dar continuidade ao movimento do estar vivo?  

Extinção é uma aparência.

Oportunidade feita de aparência.

Tudo se move até o fim.

For the last 13 months, Cena 11 dives into "Dark Matter" through "Phantom Future", a project that is both expansion and diversion, the group's present moment.  It is the way in which Grupo Cena 11 incorporates the transit between presence and telepresence since March 2020. A new body in a sort of greenhouse for another "Dark Matter". An active exile in Brazil, a country that is adrift. The practice of being in relation to change, risk, and immunity in the artistic investigation of a biopolitical body.

 

In this current process, new tools correlate presence, virtuality, archive, memory, and all kinds of transduction that drains from these contacts.

A continuous and multidirectional movement towards integrating text, audio, video, temporalities and spatialities, through bodies that make manifesting and crossing through the life of things possible through movement.  

Dance turned instruments for transducing kinetic behaviors into bio cultural syntaxis. 

 

In darkness, is everything swallowed?

What can't one see through distracted eyes?

Through attention in integrating one's senses, is it possible to map the blind spot of presence?

Is it possible, through the irreversible nature of life, that our bodies multiply in temporalities and spatialities in order to give continuity to the movement of being alive?

Extinction is an appearance.

Opportunity made of appearance.

Everything moves until the end. 

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foto: cristiano prim

FICHA TÉCNICA

Criação, coreografia e performance: Alejandro Ahmed, Aline Blasius, Bianca Vieira, João Peralta, Karin Serafin, Kitty Katt, Luana Leite, Malu Rabelo, Natascha Zacheo

 

Operação e Criações em vídeo e som: Alejandro Ahmed e João Peralta

 

Direção Técnica: Grupo Cena 11

 

Iluminação: Irani Apolinário

 

Técnico de som e transmissão:  Eduardo Serafin

 

Direção de Produção: Karin Serafin

 

Assistência de Produção: Malu Rabelo

 

Assistência de direção de movimento: Aline Blasius

 

Assistência cenotécnica: Adilso Machado

 

Equipe de Produção, mídias sociais e Projeto: Aline Blasius, Bianca Vieira, Kitty Katt, Luana Leite, e Natascha Zacheo

 

Peças Gráficas: Luana Leite

 

Fotografias: Cristiano Prim e Karin Serafin

 

Tradução: Kitty Katt e Marcos Morgado

 

Preparação técnica: Aline Blasius, Kitty Katt e Alejandro Ahmed

 

Desenvolvimento técnico-artístico para Matéria Escura 2019/2020 e Teaser para Futuro Fantasma 2020: Hedra Rockenbach

 

Criação e programação de objetos, instrumentos, e mecanismos  para “Matéria Escura”: Diego de los Campos

 

Fúrias: 5 estruturas feitas com galhos de árvores. animadas por motores, vibram se deslocando ruidosamente pelo chão.

 

Água nervosa: Uma válvula solenóide controlada por Arduino instalada na base de um recipiente de vidro, faz uma gota cair sobre um captador de som. 

 

Besta: Sintetizador feito com Arduino usando a biblioteca Mozzi que tem 5 potenciômetros que regulam a frequência de  2 osciladores, pitch, nota e ruído.

 

Sampler: Arquivos de áudio de frases usadas no espetáculo são controladas em sua duração, velocidade de reprodução (pitch), começo e final.

 

Baixolata: Uma lata de tinta de 3.6 litros funciona como caixa de ressonância de um baixo de uma corda só.

 

Plantas para cenografia: Karin Serafin

 

Textos: Grupo Cena 11

 

Interlocução técnico - artística para criação de vídeos “Matéria Escura”: PACT-UFSC ( João Peralta, Rodrigo Garcez, Thiago R. Passos ). 

 

Operação de câmera "Matéria Escura": Karin Serafin e João Peralta

Operações de drone: Alex Costa

 

Co-produção: Mousonturm, Tanzhaus NRW, PANORAMA RAFT, Instituto Goethe, Gabi Gonçalves, Corpo Rastreado - São Paulo, Something Great - Berlin.

 

Apoio: Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura ⁄ Edição 2019.

Departamento de Artes - Universidade Federal de Santa Catarina (ART/CCE/UFSC)

 

Apoio para compra de ingresso social - apresentações em Florianópolis: Papellotti Papelaria, Ana Gomes, Marcus Vinícius A.Carvalho, Nelci Vieira.

 

Apoio para elaboração de projetos: EPEC-Capacitação e serviços para empreendedores criativos.

 

Equipe de apoio para as apresentações em Florianópolis: Bia Mattar, Fábio Yokomizo, Iam Campigotto, Juliana Laurindo, Milena Moraes, Will Gomes, Ledícias de la Madre, Greenbelly, Orth produções, Guerrilha Produtora.

 

Sede e preparação técnica: Jurerê Sports Center (JUSC).

 

Agradecimentos: Adélia Aurora, Ana Lucia Rodrigues, Andrea Druck, Aurora Khan, Aya Nishimuta, Bartolomeu, Batman, Binha, Bia Mattar, Breu K. Katt, Bruno Bez, Cassiana Kerber, Caio Matienzo, Camila Aschermann,  Candy, Cecília Blasius, Chewie, Cristina Schmitt, Equipe do Teatro Ademir Rosa (CIC), Eveline Orth, Fabiana Dultra Britto, Florentina, Francisco J. Peralta, Gabriel Guedert, Gatite, Gianca Piccolotto, Gizely Cesconetto, Héctor Lamela, Hedra Rockenbach, Íris, Jamile de Souza Santos, Ju Baratieri, Juliana Laurindo, Khaninanas Cobras, LABLUZ/UFSC, Ludovico, Luiz Falcão, Luiz Felipe Guimarães Soares, Maki, Marcos Klann, Marcos Morgado, Mateus Ramos de Melo, Maurício Pires Marin, Muha, Milena Moraes, Murilo Brogim Leal, Nelci Vieira, Neltair Piccolotto, Nina, Norma Adó, Pedro Mello e Cruz, Rodrigo Garcez, Theo Gomes, Thiago R. Passos, Vanderlúcio Cunha, Vicente Concílio. 

 

Concepção, Direção e Coreografia:  Alejandro Ahmed.

TECHNICAL LIST

Creation, Choreography and Performance: Alejandro Ahmed, Aline Blasius, Bianca Vieira, João Peralta, Karin Serafin, Kitty Katt, Luana Leite, Malu Rabelo, Natascha Zacheo.

 

Sound and Video Operation and Creation:: Alejandro Ahmed and João Peralta.

 

Technical Direction: Grupo Cena 11.

 

Dialogues for Light design: Irani Apolinário, Rafael Luiz Apolinário

 

Sound and Broadcast Technician: Eduardo Serafin.

 

Production Direction: Karin Serafin.

 

Production Assistant: Malu Rabelo.

 

Movement Direction Assistant: Aline Blasius.

 

Sceno Technical  Assistance : Adilso Machado.

 

Social Media, Project,  and Production team: Aline Blasius, Bianca Vieira, Kitty Katt, Luana Leite, and Natascha Zacheo.

 

Graphic Pieces: Luana Leite

 

Photos: Cristiano Prim e Karin Serafin

 

Translation: Kitty Katt.

 

Technical Preparation: Aline Blasius, Kitty Katt and Alejandro Ahmed


 

Technical- artistic development in Dark Matter 2019/2020

and Teaser for Phantom Future 2020: Hedra Rockenback



 

Creation and programming of objects, instruments, and mechanisms for "Dark Matter": Diego de los Campos. 

 

Furies: 5 structures made of dry tree sticks, animated by motors, vibrate while moving and making noise through space. 

 

Nervous Water: An Arduino-controlled solenoid valve installed in the base of a glass vessel which makes a drop fall onto a sound pickup.


 

Beast: : Synthesizer made with Arduino using the Mozzi library that has 5 potentiometers that regulate the frequency of 2 oscillators, pitch, note and noise.

 

Sampler: Audio files of phrases used in the show are controlled for their duration, playback speed (pitch), start and end.

 

Bass Can: A 3.6 liter paint can which acts as a sounding board for a single-string bass.

 

Plants for Scenography : Karin Serafin

 

Texts: Grupo Cena 11

 

Technical - artistic dialogue for creating videos for "Dark Matter" : PACT-UFSC ( João Peralta, Rodrigo Garcez, Thiago R. Passos ). 

 

"Dark Matter" Camera operation: Karin Serafin and João Peralta

Drone operation: Alex Costa

 

Co-production: Mousonturm, Tanzhaus NRW, PANORAMA RAFT, Instituto Goethe, Gabi Gonçalves, Corpo Rastreado - São Paulo, Something Great - Berlin.

 

Support: Program Artists in Residence Montevideo - Uruguai.

"Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura " ⁄ 2019 edition.

Department of Arts - Federal University of Santa Catarina (ART/CCE/UFSC)

 

Headquarters and technical preparation: Jurerê Sports Center (JUSC).

 

Thanks to: Adélia Aurora, Ana Lucia Rodrigues, Andrea Druck, Aurora Khan, Aya Nishimuta, Bartolomeu, Batman, Binha, Breu K. Katt, Bruno Bez, Cassiana Kerber, Caio Matienzo, Camila Aschermann, Candy, Cecília Blasius, Chewie, Cristina Schmitt, Eveline Orth, Fabiana Dultra Britto, Florentina, Francisco J. Peralta, Gatite, Gianca Piccolotto, Gizely Cesconetto, Héctor Lamela, Hedra Rockenbach, Íris, Jamile de Souza Santos, Khaninanas Cobras, Ludovico, Luiz Falcão, Maki, Marcos Klann, Marcos Morgado, Mateus Ramos de Melo, Maurício Pires Marin, Muha, Murilo Brogim Leal, Neltair Piccolotto, Nina, Norma Adó, Pedro Mello e Cruz, Rodrigo Garcez, Theo Gomes, Thiago R. Passos, Vanderlúcio Cunha. 

 

Conception, Artistic Direction and Choreography: Alejandro Ahmed.

UMA CENA PARA VELAR O BREU

"O escuro não engole o mundo. Atravessa o deserto no sol a pino e inunda o mar de verdor anímico. O branco e preto, salpicado de rubro e rosa, organiza a superfície da imagem. O ritmo que pinga agudo a perfura e adensa. A vida importuna, não acaba mais. Extinguir parece impossível, pois tudo se move afinal, nada cessa enfim"

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foto: cristiano prim

UMA DEFINIÇÃO DE DANÇA PÓS-PANDEMIA

"NOVAÇÃO EMBASADA POR MINUCIOSO PROCESSO DE PESQUISA"

"ESTÍMULO À CAPACIDADE DE FABULAÇÃO DO ESPECTADOR"

"GRUPO TRANSPÕE CONCEITO DE CORPO-VODU PARA AMBIENTE VIRTUAL"

A Matéria Escura na cosmologia é uma forma de matéria na qual sua presença só pode ser inferida a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria visível.

 

No acontecimento coreográfico que tece o ecossistema que o Cena 11 nomeia de Matéria Escura, ela é o nome próprio de um segredo, um segredo sintoma.

 

Na véspera de completar 30 anos de trajetória, o Cena 11, propõe uma dança que se modula músculo, esquelética, emocionalmente através da gravidade, transitando para expansões nas quais tudo que se move é potência em dança.

 

Em Matéria Escura, o segredo é uma cumplicidade comportamental no qual o sintoma material é um acontecimento ético estético, que cria um ecossistema bio cultural transitório. Uma sintaxe entre palavras, corpos, modos de inteligência, luz, ficção e devires entre carne, pixel e processamento.

 

Na techno diversidade que o Cena 11 se contextualiza, os modos de operação de Matéria Escura são atravessados por sistemas físico digitais criados pela Cia. junto ao artista Diego de los Campos, nos quais, água, madeira, luz, motores e sintetizadores são operados pelas bailarinas numa constante retroalimentação de ritmo, esculturas cinéticas, e conduções sonoro luminosas. Todo som, imagem e ritmo nascem desse relacionamento.

 

As vozes são som, palavra e canção. Num texto coletivo autofundado e de autogestão. Som, fonema e morfema em coreografia generativa: Caos Caption.

 

“Matéria Escura” é um segredo sintoma híbrido. Nascido a princípio para ser acessado via internet em setembro de 2021.

 

Expandido agora para seu acontecimento simultâneo para palco e tela, toda apresentação é também coexistente com sua versão em streaming.

 

Em 1996 dançávamos o espetáculo “O novo cangaço” no Teatro Ademir Rosa em Florianópolis. Lá naquele ano no texto da nossa apresentação dizíamos: O novo nasce no fóssil.

 

Isso reverbera em outras vozes hoje neste renovar constante feito pelos corpos que fazem a vida desta dança seguir pulsando para preservar e mudar.

 

O novo nasce no fóssil.

Palavra, osso do pensamento.

A escuridão é uma queda livre pra dentro dos olhos.

Alejandro Ahmed

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